terça-feira, 31 de maio de 2011
Visões do ex-ministro sobre as relações Brasil-África
por Celso Amorim, em CartaCapital
Escrevo este artigo no dia dedicado à celebração do continente africano. E faço isso com muita alegria, por constatar, pela leitura do discurso pronunciado pelo ministro Antonio Patriota na cerimônia com que o Itamaraty marcou a efeméride, que os conceitos e princípios que se desenvolveram durante o governo do presidente Lula continuam a presidir a política africana de Dilma Rousseff. Patriota deu, ele próprio, os dados que ilustram o vertiginoso crescimento das nossas relações com o continente africano durante os últimos oito anos.
A África sempre esteve no imaginário da política externa brasileira, embora nem sempre de forma coerente ou consequente. Durante a ditadura, o Brasil foi lento em dar apoio aos movimentos de libertação das antigas colônias portuguesas. Graças à visão de dois homens, Ovídio Melo e Italo Zappa, nos redimimos em parte desse pecado ao agirmos de forma pioneira e corajosa reconhecendo o governo do MPLA em Angola.
Na primeira viagem que fiz à Africa durante o governo Lula, visitei sete países, seguindo a orientação do presidente, mas instigado também por uma cobrança de minha mulher, que, ao me ouvir relatar iniciativas quanto à Venezuela, Mercosul etc., me interpelou: “E pela África vocês não estão fazendo nada?” Isso foi em abril de 2003, quando decidíamos nossas prioridades e refazíamos nossas agendas, dominadas então por temas impostos de fora, como a Alca.
Desde aquela primeira visita, observei a realidade que inspirou o título deste artigo: “A África tem sede de Brasil”. De Moçambique a Namíbia, de Gana a São Tomé e Príncipe, cada um a seu modo e de acordo com suas características e dimensões, veem no Brasil um modelo a ser seguido. Lula revelou-se o mais africano dos presidentes. Pediu perdão pelos crimes da escravidão, visitou mais de duas dezenas de países e abriu caminho para ações de cooperação e negócios. Essa determinação em não deixar que a África escapasse do radar das nossas prioridades provocou muitas críticas da nossa mídia ocidentocêntrica (o leitor perdoará o barbarismo), que só arrefeceram quando o presidente chinês visitou sete ou oito países em mais ou menos 12 dias. Aí os nossos “especialistas” passaram a dizer que a nossa ação era insuficiente…
Uma agência de notícias publicou, a propósito, em fevereiro um excelente artigo comparativo entre as ações do Brasil e da China na África. Em suma, o Brasil ganha na empatia e no jeitinho (no bom sentido), mas perde de longe nos recursos investidos. E para quem nunca se deu ao trabalho de olhar, além do interesse comercial (a África seria hoje, tomada como país individual, o nosso quarto parceiro comercial, à frente do Japão e da Alemanha), o continente africano é um vizinho muito próximo com o qual temos interesses estratégicos. A distância do Recife ou de Natal a Dacar é menor que a dessas cidades a Porto Velho ou Rio Branco. Nossa zona marítima exclusiva praticamente toca aquela de Cabo Verde. Isso sem falar no enorme benefício que uma maior relação com o Brasil traria para a África, contribuindo para afastar a sombra do colonialismo renascente, agora movido não só por capitais, mas por tanques e helicópteros de combate.
Tive recentemente o privilégio de passar quatro semanas na Kennedy School of Government, em Harvard. Como já comentei em outro artigo, pude observar aí a preocupação (quase obsessão) com temas relacionados com a segurança, até certo ponto compreensível em um país envolvido em duas guerras (ou três, se incluirmos a Líbia, como devemos fazer) e perplexo diante das mudanças que têm ocorrido fora do script inicialmente traçado para a implantação da democracia de fora para dentro e por força das armas.
Houve também oportunidades para conversas sobre temas mais amenos, mas igualmente importantes, com professores provenientes dos mais diversos recantos do planeta. Uma delas foi com o queniano Calestou Juma, que ocupou cargos internacionais na área ambiental e que publicou há pouco um livro sobre agricultura africana. Juma completou seus estudos de doutorado no Brasil, em Piracicaba, atraído pela noção de que o nosso país é um modelo a ser seguido. Não sou técnico em temas agrícolas, mas pude relatar a Juma algumas de nossas iniciativas nesse campo, como o escritório da Embrapa, em Gana, e a experiência pioneira de uma fazenda-modelo de algodão no Mali, que visa a beneficiar alguns dos países mais pobres do mundo. Foi de Juma (a leitura de cujo CV na Wikipédia recomendo aos interessados em aprimorar nossa cooperação com os vizinhos de além-mar) que ouvi a melhor formulação do que o Brasil significa para as esperanças de desenvolvimento da África: “Para cada problema africano existe uma solução brasileira”. Se a nossa agência de cooperação estivesse em busca de um slogan, não haveria melhor. Pagando direito autoral, é claro.
Postado por Maria Sandra
terça-feira, 24 de maio de 2011
Educação Angolana
O petróleo explorado pelos angolanos tem provocado uma revolução econômica no país. Empresas brasileiras têm aproveitado esta prosperidade econômica para investir na construção civil e na venda de bens de consumo.
A professora Terezinha visitou a Comunidade Caprédio, no Bairro Cachito, em Luanda. Durante a sua estadia na capital angolada foi possível promover um intercambio com os professores do Ensino Fundamental e partilhar de idéias sobre o Ensino dos países de língua portuguesa.
Confiram as algumas fotos da escola em Luanda. (Marcos Paludetto)
Grupo USA for Africa e a música "We Are the World"
"We Are the World" é uma canção gravada em janeiro de 1985 por 45 dos maiores nomes da música e lançada em LP, com o objetivo de arrecadação de fundos para o combate da fome na África. Os 45 astros formaram o grupo USA for Africa. O single, o LP e o clipe renderam cerca de 55 milhões de dólares.
Inspirado pela reunião que ficou conhecida como Band Aid, organizou a gravação do single We Are the World, escrito por Michael Jackson e Lionel Richie. O single foi lançado em 1985 para arrecadar fundos para a campanha USA for Africa, em benefício de famílias da África. We Are the World apresentava 44 vocalistas diferentes, incluindo Michael e Lionel, Harry Belafonte, Tina Turner, Cyndi Lauper, Diana Ross, Ray Charles e Stevie Wonder e foi produzido por Quincy Jones, que também fez a regência do grupo. A vendagem atingiu 7 milhões de cópias só nos Estados Unidos, tornando-se um dos singles mais vendidos de todos os tempos.
A iniciativa desencadeou no Brasil a campanha Nordeste já, que seguiu a idéia original. Em 1987 a Rede Globo, no programa Fantástico, lançou o clipe da música "Viver outra Vez" em benefício da campanha em combate à AIDS, onde participaram vários cantores como Adriana, Jerry Adriani, Márcio Greyck, Erasmo Carlos, Marcelo, Elza Soares, Dalto, Guilherme Arantes, Neguinho da Beija Flor, Rosana, Sylvinho, 14 Bis e a modelo Monique Evans. Este clipe foi feito aos moldes da campanha americana.
CLIQUE AQUI PARA VER O VÍDEO "We Are the World"
CLIQUE AQUI PARA VER O VÍDEO "VIVER OUTRA VEZ"
(Fonte: Wikipédia & YOUTUBE), postado por Luciano.
domingo, 22 de maio de 2011
África turismo
Quatro quintos do território africano encontra-se entre os trópicos de Capricórnio e de Câncer. O Equador corta a África quase ao meio. É o mais quente dos continentes e abriga o Saara, o maior deserto do Planeta."
Fonte: http://www.africa-turismo.com
Cidade do Cabo
http://africa-turismo.com - Guia do Continente
A África, possui inúmeras belezas naturais que devem ser prestigiadas. Este link mostra que em um continente que apresenta tanta desigualdade e pobreza, também é contemplado com belezas únicas e majestosas.localizada geográficamente, no centro do planeta, este continente apresenta grande diversidade natural, culturas e povos maravilhosos que apesar de todo os problemas enfrentados, continuam firmes, rumo a um futuro que poderá ser melhor.
sábado, 21 de maio de 2011
Livro de diagnóstico ambiental relevantes para a investigação científica
Fonte: Agência Angolapress
20-05-2011 15:45
Educação
Livro de diagnóstico ambiental relevantes para a investigação científica
Luanda – O livro “Síntese de diagnóstico Ambiental” e a Base de Dados Mango apresentados hoje, em Luanda, pela petrolífera Total, foram apontados como instrumentos valiosos que ajudarão os estudantes universitários nas investigações científicas.
Segundo a chefe do departamento de protecção do Ambiente do Ministério dos Petróleos, Helena dos Santos André, em declarações à imprensa à margem da apresentação dos dois instrumentos, o livro e a base de dados são de grande importância, principalmente porque apresentam trabalhos executados durante a campanha ambiental dos blocos 3,17 e 32 operados pela Total.
“Esta obra é muito importante porque permitiu dar-nos uma informação geral sobre os dados do ecossistema nestes blocos em que a Total opera”, precisou.
Segundo a fonte, o impacto da produção petrolífera no ambiente não é tão grande e o estudo serve para avaliar o estado do ambiente e ver as melhores formas de minimizar estes impactos.
“Esta campanha provou que o estado do ambiente é bom e a produção petrolífera não tem causado grandes impactos no ambiente”, reforçou.
Segundo a responsável, uma das recomendações do Ministério dos Petróleos é o de fazer com as operadoras façam todos os esforços para diminuir os impactos negativos causados pela produção petrolífera.
(postado por Maria Sandra)
Semana Acadêmica e Cultural Africana de São Carlos
Veja a programação completa do evento
21/05/2011 - 10:13
Da redação
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A UFSCar está promovendo a VII Semana Acadêmica e Cultural Africana de São Carlos juntamente com a Comunidade Acadêmica Africana da cidade. O evento tem como finalidade divulgar a cultura africana no intuito de criar um ambiente de confraternização com a comunidade brasileira e conta com o apoio da coordenadoria de Cultura da pró-reitoria de Extensão (Proex) da UFSCar, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab), do Coletivo de Vivências e Estudos Africanos Malick e do Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (Caaso).
Confira a programação completa do evento clicando aqui.
Na próxima quarta (25) e quinta-feira (26) haverá debates, mesas-redondas e uma festa de confraternização. As atividades da semana são abertas a todos os interessados, sem necessidade de inscrição prévia.
Link para a notícia: http://eptv.globo.com/lazerecultura/NOT,3,3,350240,UFSCar+organiza+VII+Semana+Academica+e+Cultural+Africana+de+Sao+Carlos.aspx
(Postado por Maria Sandra)
segunda-feira, 16 de maio de 2011
A situação de pobreza na África piora, segundo a ONU
A situaçom nos países mais pobres do mundo está piorando mais do que se imaginava. As próprias instituiçons capitalistas reconhecem esta evidência, e a última a fazê-lo foi em 18 de Junho um relatório da Conferência das Naçons Unidas para Comércio e Desenvolvimento - Unctad.
De acordo com o documento, o número de pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia nos 49 países mais pobres do mundo -principalmente em África- mais do que duplicou nos últimos 30 anos, chegando a 307 milhons, o que equivale a 65% da populaçom. As estimativas som de que este número pode chegar a 420 milhons em 2015.
O relatório que comentamos tem 285 páginas e é considerado o estudo mais completo sobre pobreza já realizado nos 49 países mais pobres do mundo, embora o facto de ser promovido por organismos dependentes dos do Norte capitalista faga pressupor que as cifras reais ham de ser bem mais negativas, umha vez que costumam maquilhar a crua realidade do capitalismo no mundo.
Apesar do crescimento económico apontado polos grandes dados macroecónomicos na Ásia, dous terços da populaçom vivêrom com menos de 2 dólares por dia na segunda metade da década de 90, com umha média de consumo diário de 1,42 dólares.
Nos países mais pobres de África -que inclui 34 dos 49 países mais pobres do mundo- quase nove entre cada 10 pessoas vivem com menos de 2 dólares por dia, em comparaçom com o consumo per capita de 41 dólares por dia nos Estados Unidos.
O Congo é o país que regista os piores índices, com 90,5% da populaçom vivendo com menos de um dólar por dia. Na Ásia, o país em pior situaçom é Mianmar, a antiga Birmánia, onde esta taxa equivale a 52,3%.
A "globalizaçom", que diminui as barreiras internacionais para o comércio e o investimento "está agravando a armadilha da pobreza internacional", segundo reconhece o documento.
A seguir, apresentamos alguns gráficos a partir dos dados das próprias instituiçons capitalistas como o Banco Mundial ou a ONU, que servirám para visualizarmos (seguramente maquilhada) as crescentes desigualdades sociais do mundo actual.
Fonte da imagem:
http://www.forodefotos.com/fotos-de-pobreza/207-ninos-y-desnutricion-en-africa.html
Fonte da reportagem:
www.primeiralinha.org/destaques/pobreza.htm
AFRICA por SEBASTIÃO SALGADO
Trabalhar com imagens deste renomado artista em sala de aula faz com que os alunos reflitam sobre os valores da sociedade e da economia contemporânea.
(por Marcos Paludetto)
http://www.youtube.com/watch?v=houEv6dunN8
domingo, 15 de maio de 2011
MAIS FILMES SOBRE A ÁFRICA*
Em 1994 um conflito político em Ruanda levou à morte de quase um milhão de pessoas em apenas cem dias.
A sombra e a escuridão
No final do século XIX, um engenheiro (Val Kilmer) vai para a África construir uma ponte, mas acaba se deparando com dois leões assassinos que aterrorizam os operários.
O inicio do filme mostra um cenário deslumbrante da fauna e da flora africana.
Nas montanhas dos Gorilas
A luta da antropóloga americana Dian Fossey (Sigourney Weaver), que em 1967 viajou para a África e durante vários anos em Ruanda se dedicou à preservação dos gorilas da montanha, ameaçados de extinção em razão da caça indiscriminada
O último Rei da Escócia
Obcecado com a cultura e a história da Escócia, Amin se afeiçoa a Nicholas e lhe oferece a oportunidade de ser seu médico particular. Ele aceita a oferta, o que faz com que passe a frequentar o círculo interno de um dos mais terríveis ditadores da África
Fonte: www.adorocinema.com.br
* Marcos Paludetto
FILMES SUGERIDOS A RESPEITO DO CONTINENTE AFRICANO
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Mandela - A Luta pela Liberdade
Invictus
AMOR SEM FRONTEIRAS